Medicamentos para tratar disfunção sexual são comuns no mercado, desde a descoberta do viagra há 17 anos, mas ainda não há disponível nenhum tipo de composto destinado a mulheres. A empresa farmacêutica Sprout Pharmaceuticals anunciou que vai reenviar para aprovação da Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de medicamentos nos EUA, um fármaco para tratar o baixo desejo sexual feminino.
Durante os testes, os pesquisadores notaram o efeito de aumento na libido feminina e decidiram realizar avaliações neste sentido. Cientistas da FDA solicitaram os dados devido a resultados mostrando que quase 10% das mulheres que usaram a droga durante as pesquisas apresentaram efeitos colaterais como sonolência, fadiga, tontura e náuseas. As ativistas pró-aprovação rebatem que o medicamento masculino também possui efeitos adversos, mas é concedido aos homens a possibilidade de escolher.
A dificuldade para desenvolver um produto feminino é que o medicamento precisa agir no cérebro e não na região pélvica, segundo o especialista em medicina reprodutiva e diretor do centro de reprodução humana do Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO), Arnaldo Schizzi Cambiaghi. “Os produtos para homens melhoram a disfunção erétil. Eles não aumentam a libido, que é o desejo da sexualidade. Quando se fala em sexualidade a associação maior é do homem porque as mulheres conseguem ter uma relação sexual mesmo sem libido”, conclui.
Fonte: UOL