O assunto foi votado por unanimidade na sede da Agência
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) retirou nesta quarta-feira (14/01) o canabidiol (ou CBD), uma das substâncias presentes na maconha, da lista F2 composta por substâncias psicotrópicas de uso proscrito (proibido) no Brasil, para integrar a C1, que reúne substâncias sujeitas a controle especial, ou seja, que podem ser prescritas pelo médico por meio de receita em duas vias.
O assunto foi votado por unanimidade na primeira reunião da Diretoria Colegiada da agência na sede da Anvisa, em Brasília, um mês depois que o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou o uso do canabidiol no tratamento de crianças e adolescentes com casos graves de epilepsia, que não respondam ao tratamento convencional.
A decisão foi tomada com base em um relatório produzido pela coordenadoria de produtos controlados da Agência, que concluiu que o canabidiol não possui o efeito psicoativo do THC. Por essa razão, sua manutenção na lista F2 seria incorreta.
“Essa substância não causa os efeitos como amnésia e síndrome de abstinência”, afirmou o diretor-presidente da Anvisa, Jaime Oliveira.