Comportamento de risco para aids aumentou entre brasileiros
Estudo conduzido pelo Ministério da Saúde revela que em cinco anos dobrou o número de pessoas com mais de dez parceiros sexuais durante a vida, mas permanece estável – e em patamares considerados baixos – o uso de preservativos com parceiros casuais. Em 2014, 45% das pessoas disseram não usar camisinha nesses casos. “Isso demonstra a necessidade da adoção de outras estratégias. O uso de preservativos continua essencial, mas deve ser associado a outras ações”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
A principal estratégia avaliada é a ampliação do acesso ao uso de antirretrovirais logo depois da relação de risco, a terapia pós-exposição. Considerada uma espécie de “pílula do dia seguinte”, a terapia é atualmente oferecida em centros de referência. A ideia é ofertar o esquema também atendimento de urgência.
“Com isso, as pessoas não precisariam mais ter de aguardar até segunda-feira para ter acesso ao tratamento”, afirmou o diretor do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita. “O esquema tem de ser iniciado até 72 horas depois da exposição. Ter de esperar um fim de semana, em alguns casos, pode significar perder a chance de iniciar o tratamento”, completou.
Fonte: O Estado de S. Paulo