No mundo, a cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose. A doença é responsável por mais de um milhão de óbitos anuais. No Brasil, em 2021, conforme as informações do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, foram registrados 68.271 casos novos da doença, o que equivale a uma incidência de 32,0 casos por 100 mil habitantes. Em 2020, o número de óbitos registrado foi de 4.543, o que mostra uma taxa de mortalidade de 2,1 óbitos por 100 mil habitantes. As faixas etárias mais expostas são entre as idades de 20 a 49 anos. O sexo masculino predomina com 64,4% de notificações.
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada por uma bactéria que afeta, principalmente, os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e cérebro. “A transmissão se dá por via aérea e pode acontecer de várias formas: através de fala, espirro e tosse da pessoa infectada. O contato direto com o doente em ambiente fechado e com pouca ventilação e ausência de luz solar representa maior chance de outra pessoa ser infectada”, explica Lígia Castellon Gryninger, médica infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC). O principal sintoma da tuberculose é a tosse (por três semanas ou mais), associada ou não a febre (especialmente à tarde), suor intenso à noite, falta de apetite e emagrecimento.
A vacina BCG é uma maneira de proteção contra as formas graves de tuberculose e faz parte do calendário vacinal, devendo idealmente ser feita ao nascimento. Além disso, como forma de prevenção e controle da doença é sempre importante investigar os contatos mais próximos da pessoa que está em tratamento para que seja descoberta a infecção e/ou doença o mais rápido possível. Desta forma, o tratamento é iniciado precocemente e há a diminuição de possíveis complicações, além da redução na transmissão. O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). “A tuberculose tem cura quando o tratamento é feito de forma adequada, até o final. Logo nas primeiras semanas do tratamento, a pessoa se sente melhor e, por isso, precisa ser orientada pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independentemente do desaparecimento dos sintomas”, enfatiza a médica.
Fonte: https://www.saude.sc.gov.br