CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO

Deficiente visual cria ‘farmácia para cego ver’: autonomia e segurança na compra de remédios

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Uma farmacêutica com cegueira congênita criou o projeto ‘Farmácia para cego ver’, que visa garantir autonomia e segurança na compra de medicamentos por pessoas que não enxergam ou têm dificuldades. A ideia, segundo Grayce Miguel França, surgiu das próprias experiências, além, é claro, do fato de o país ter algo em torno de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual severa, sendo 506 mil com perda total da visão, com base nos dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A proposta de Grayce é de que as embalagens dos remédios e as bulas venham com um QR Code em relevo para que o código possa ser escaneado e o deficiente visual tenha acesso, através de um celular, a todas as informações relevantes, que, atualmente, não estão disponíveis ao público.

Hoje, embora as embalagens tenha informação em braile, não informam, por exemplo, o princípio ativo dos medicamentos. A farmacêutica disse, ainda, que a medida promete ajudar idosos e daltônicos. “Como farmacêutica e pessoa com deficiência visual, pensei, estudei e realizei pesquisas em busca de uma solução inovadora para diferenciar embalagens e evitar o uso indevido de medicações. Só o braile que já vem nas embalagens de medicamentos não traz as informações imprescindíveis, como o nome do princípio ativo, dosagem, quantidade, forma farmacêutica e data de validade”, explicou Grayce. ara ela, o projeto “Farmácia para cego ver” é inovador. “O método traz propostas de valor como, autonomia, segurança, acessibilidade, praticidade e qualidade de vida para que pessoas com deficiência visual possam ter acesso às informações através do nosso celular”, finalizou.

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