O fluxo repentino de estrangeiros e as aglomerações aumentam o risco de contágio de influenza e outras doenças
Junto com o entusiasmo para torcer por suas seleções, os 600 mil turistas que são esperados no Brasil durante a Copa do Mundo podem trazer diversos agentes patológicos. Entre os vírus que mais preocupam os médicos está o causador da gripe (influenza), uma doença subestimada que pode evoluir para quadros importantes e de alta mortalidade, como a pneumonia. Para evitar essa e outras doenças pneumocócicas, o ideal é recorrer à imunização. A vacina Prevenar 13, da Pfizer, pode proteger crianças de até seis anos incompletos e também adultos acima de 50 anos.
Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o médico Renato Kfouri lembra que crianças e idosos estão entre as populações mais vulneráveis às infecções respiratórias. Segundo ele, portadores de doenças crônicas também devem ter atenção especial. “A pneumonia pode descompensar doenças de base, aumentando, por exemplo, o risco de enfarte para quem sofre de problemas cardiovasculares”, esclarece. Das doenças que podem ser prevenidas com vacinas, a pneumonia é a principal causa de mortes em todo o mundo.
A preocupação com as doenças pneumocócicas é ainda maior com a proximidade do inverno, que favorece a aglomeração de pessoas em locais fechados. “A gripe é uma das principais doenças contagiosas que pode evoluir para complicações respiratórias. Tomar vacina, lavar sempre as mãos e evitar colocá-las na boca, rosto, olhos e nariz, além de cobrir a boca ao tossir e espirrar, são dicas indispensáveis para se prevenir da doença”, ressalta Kfouri. Para ele, a imunização tem sido uma ferramenta de extrema utilidade em saúde pública. “As pessoas conseguem ter mais qualidade de vida com o uso de vacinas”, afirma.
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