CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO

O drama da inflação

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Aos que vivenciaram os altos índices de preços no final da década de 80 e início dos anos 1990, a preocupação é uma só: ela está chegando de volta. Um período que envolverá três governos, José Sarney, Fernando Collor de Mello e Itamar Franco, quando os brasileiros mantinham um sistema tipo esquadrão de preços, pois os índices que ultrapassavam 40% de inflação levavam os preços a se comportarem como uma espécie de gangorra, quando eram alterados da noite para o dia. Era a época das famosas máquinas de remarcações de preços.

Para especialistas da área econômica, a situação começa a preocupar, pois se torna evidente que a economia brasileira está em constante desaleração, fato noticiado pela imprensa nacional e mundial. Nesta semana as comprovações do momento desfavorável foram discutidas pelo anúncio do Fundo Monetário Internacional (FMI) que reduziu a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano, na última terça-feira (8). A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu 0,5 ponto percentual, reposicionando para 1,8% a previsão divulgada em janeiro (2,3%).

Já na quarta-feira (9) foi à vez de o Banco Mundial apontar que o país deverá crescer menos de 2% neste ano de 2014. A situação é preocupante, segundo o economista chefe para a América Latina e o Caribe do Banco Mundial, Augusto de la Torre, porque combina baixo crescimento com pressão inflacionária. Diferente da opinião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da silva que em 2008, no início da crise mundial, afirmou que tudo era “uma marolinha” no Brasil, o que indica que a presidente Dilma Rousseff está preocupada com anúncios e toda a equipe econômica de seu governo está avaliando estudos e maneiras de manter o impulso econômico.

Aliás, a preocupação da presidente se faz aceitável, pois como pré-candidata do Partido dos Trabalhadores à presidência da República, nas eleições do próximo mês de outubro, a ideia é não deixar a peteca cair, pois os planos visam à reeleição da presidente.

Para grande parte dos brasileiros a situação ainda não está tão visível e mesmo sentindo uma alta de preços em diversos setores da economia, uma das atenções está voltada para a Copa do Mundo, evento que movimentará o país no próximo mês de junho. Enfim, que a “marolinha” de Lula não se torne o “tsunami” da Dilma.

Fonte: DCI – São Paulo

 

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