Novo medicamento, que promete revolucionar o tratamento do colesterol, será testado no Brasil. O medicamento diminui as taxas em 65%, em três meses, e não apresenta efeitos colaterais. Pesquisadores irão recrutar homens e mulheres com mais de 40 anos, que passaram por problema de saúde relacionado ao colesterol.
O projeto já tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e aguarda a última licença, da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa. Os testes acontecerão em 33 estados. No Rio, serão desenvolvidos pelo Centro de Pesquisa Clínica, com 800 voluntários. O medicamento já está sendo testado em 250 países.
Segundo o endocrinologista Luis Augusto Russo, diretor do Centro, a medicação é mais prática e menos agressiva. “A substância é aplicada sob a pele por uma pequena pistola, uma vez por mês, e não apresenta os temidos efeitos colaterais das estatinas usadas hoje, como dores musculares, náuseas e problemas no fígado”, explica Russo.
O organismo possui dois tipos de colesterol: o bom (HDL) e o ruim (LDL), que deposita nas paredes das artérias parte da gordura que ingerimos. Placas se formam e impedem a passagem do sangue, o que causa males como o enfarte. Já o HDL limpa as artérias.