A alegria de descobrir uma gravidez pode trazer também ainda mais ansiedade e medo para mulheres que têm depressão. Afinal, como controlar a doença durante um longo período, sem afetar o bebê? De acordo com a ginecologista e obstetra Rachel Frota, a gravidez de uma mulher depressiva deve ser acompanhada do início ao fim por um psiquiatra ou psicólogo, além do obstetra.
“Ajustar o uso dos medicamentos é o primeiro passo a ser dado para não afetar o bebê”, alerta Rachel. Os três primeiros meses de gestação é o período ideal para os médicos fazerem a troca dos medicamentos controlados e ainda diminuir as dosagens. “No início da gravidez, a mulher se sente mais cansada. Para as que têm depressão, ou seja, são mais ansiosas e estressadas, esse cansaço acaba deixando-as mais calmas. E é neste período que o médico pode fazer a troca dos medicamentos pelos permitidos para uma grávida, além de diminuir as dosagens”, explica a médica.
Alimentação aliada ao bem estar: como evitar cansaço e depressão?
No caso de depressão grave, controlar as emoções também é importante durante os nove meses, segundo o ginecologista e obstetra, Domingos Mantelli: “Nestes casos, o estado emocional da mulher pode ficar mais abalado do que o normal. E, como consequência, pode até causar aborto espontâneo ou parto prematuro”, diz. Após o parto, o médico ainda alerta que é imprescindível para a paciente continuar sendo assistida por uma equipe multidisciplinar.
Cuidados na amamentação
Durante a amamentação, todo cuidado também é pouco, já que os medicamentos são excretados pelo leite. “Daí a importância de só usar os medicamentos permitidos e receitados pelos especialistas, já que as drogas proibidas passam pelo leite e podem afetar a saúde do bebê”, conta a obstetra Rachel Frota.
Fonte: GNT